Sobre

Cachaça Segundo Aroma, da Fazenda Barra do Montividéu

Livre de defensivos agrícolas;

Produzida de forma artesanal, e com duplo prato de bronze para melhor destilação;

Com a utilização apenas do “Coração” para a produção da bebida (sendo que a “Cabeça” e a “Calda” não são desprezados, e sim depositados em outro alambique para posterior destilação de álcool combustível, propiciando, assim, um produto de alta qualidade e evitando desperdício de matéria prima);

O aproveitamento do “bagaço” (após extraída a garapa da cana-de-açúcar) na preparação de ração servida ao gado; e

O “caldo” que sobra após a destilação, é utilizado na irrigação do plantio de cana.

Busca na produção, além da elevada qualidade do produto, o máximo aproveitamento da cana-de-açúcar, desde a sua palha (também servida de ração ao rebanho).

Breve Histórico

A Fazenda Barra do Montividéu é da Família Dourado desde a década de 1950, e em sua atividade precípua foi a agricultura conjugada com a pecuária, num contexto de exploração de subsistência.

Com o passar dos anos, e com a chegada do desenvolvimento, por exemplo, energia elétrica em meados da década de 1980, foi possível melhorar as condições de habitação e manejo de forma geral.

A região é bastante seca, e sua exploração depende de planejamento e uma dose de persistência, e as vezes insistência.

A instalação do Alambique é recente, e antes mesmo de pensar na sua instalação, seus proprietários analisaram sua viabilidade, sob o prisma de uma preocupação comum: usar a terra com bastante responsabilidade, de forma a melhorar a vida das pessoas que dela dependem, sempre buscando uma exploração sustentável, e sobretudo respeitando a natureza.

Estabelecer uma Comunicação com a Fazenda

Além dessa preocupação com o uso sustentável, algumas questões precisavam ser resolvidas antes da instalação do alambique. E a primeira delas, era melhorar as condições de comunicação telefônica (que inexistia), e não menos importante o acesso físico - estrada.

A comunicação foi até de fácil resolução, pois, com a instalação de uma antena perto da Serra, foi possível obter sinal de telefone celular (e com o uso de interface, foi possível estabelecer uma comunicação de viva voz, com boa qualidade).

Após, percebeu-se que, precisava melhorar a comunicação, e conectar a Internet... E assim foi feito.

Resolver o problema de acesso pela Estrada

Além de melhorar as condições da estrada (vicinal) um tanto esburacada, tinha um problema que atrasava sobremaneira o percurso, que era a necessidade de abrir um número elevadíssimo de cancelas (colocadas para transpor cerca de divisa, ou de separação de espaços de pastagens/plantações).

Para tanto, os proprietários (da Segundo Aroma da Fazenda Barra do Montividéu) tentaram conversar com os vizinhos, no sentido de fazer um corredor (a exemplo do que já existia na década de 1980) com o objetivo de manter a estrada efetivamente livre e facilitar o acesso.

Mas, ciente de que o “vizinho é o primeiro parente”, e buscando não criar dissabores, após algumas “justificativas para a negativa de manter famigeradas cancelas”, por exemplo, alegando elevado custo para a instalação do corredor, os proprietários da Fazenda Barra do Montevideo e Cachaça Segundo Aroma, resolveram instalar “mata-burros” metálicos, de forma a manter a harmonia com a vizinhança, resolvendo o problema de acesso à propriedade.

Àqueles que não conhecem mata-burros, são barreiras que visam inibir a passagem dos animais, e possibilitam o trânsito de veículos a baixa velocidade, ganhando tempo e possibilitando maior segurança no percurso.

Sem o mata burro, para transpor a cerca de um lado para outro, sozinho dirigindo:

para o carro, desse e abre a cancela;
volta pro carro, passa a cancela e para o carro em seguida;
desse do carro e fecha a cancela; e
volta ao carro e segue o percurso...

Com o mata-burro, o motorista apenas diminui a velocidade e passa.

Em dias de chuva, com a estrada enlameada, ou em deslocamentos noturnos, abrir cancelas é mais que dissabor.

Desde o início nos preocupamos com a preservação dos animais que eventualmente tentassem passar a barreira do mata-burro, pois, caso utilizássemos o mata-burro convencional (feito de madeira, com vão central e espaçamento de quinze centímetros entre as barras), invariavelmente acidentes iriam ocorrer com animais, e, definitivamente não era o objetivo. O problema de acesso com veículos estaria resolvido mas a custa de um preço elevado: o sofrimento dos animais.

Definitivamente, não poderia admitir esse tipo de “acidente” (de algum animal tentar traspor o mata-burro), ou mesmo ser empurrado por outro em situação de aglomeração.

Foi por isso que instalamos nove mata-burros metálicos e inteiriços (sem vão central), e mesmo com espaçamento inferior a nove centímetros entre as barras, após a instalação, fez soldar barra de vergalhão (entre o espaçamento) de modo a não permitir que os animais se machuquem caso tentem transpor a barreira.

Fazendo assim, um equipamento efetivamente seguro, e racional (pois, se o animal se machuca, o irracional é quem lá colocou o equipamento incorreto). Não dá para classificar como acidente a queda de um animal em mata-burro convencional, é uma tragédia anunciada, inclusive aos motociclistas (busquem vídeos na internet..).

Após a instalação dos mata-burros pelos proprietários da Fazenda Barra do Montividéu e Cachaça Segundo Aroma, a Administração Municipal de São Felix do Coribe/BA (através do seu prefeito - Sr. Jutai Eudes Ribeiro Ferreira, carinhosamente conhecido como “Chepa Ribeiro”), fez um excelente trabalho de encascalhamento na vicinal (em vez de passar máquina e afundar a estrada, o que melhora a estrada apenas no tempo da seca, piorando sobremaneira na época das águas, pois após as chuvas ficam os buracos das enxurradas), o que melhorou sobremaneira o acesso dos moradores das adjacências, ficando aqui, consignado nossos agradecimentos.

Fase do empreendimento

A parte física necessária para abrigar a produção está com aproximadamente 90% concluída (tendo terminado o Barracão, a instalação dos alambiques e fornos, o engenho, a sala de fermentação, o banheiro com chuveiro, a instalação de gerador de energia com ats [funcionamento em caso de queda da rede elétrica]).

Acreditando nesse projeto, gerando emprego e renda, e confiando no maior ativo da Fazenda – as pessoas, é que, estamos confiantes em sentir logo o Segundo Aroma...